segunda-feira, 17 de março de 2008

Depois de algum tempo, depois do meu primeiro porre ou depois de tudo o que passei, eu, dessa vez, usei os óculos para olhar os outros meninos enquanto ele apertava forte a minha mão, e que dentro dos óculos dele, olhava as meninas que sem os óculos, eu sentiria ciúmes.
Todas as músicas eram minhas! Já acreditei em muita coisa que nunca existiu. E se por acaso existiu, foi por um espaço de um segundo ou dois, não mais do que isso. Me coloquei como protagonista muitas vezes, tomando a frente, gritando que eu estava ali, porque, realmente, eu achei que poderia dar certo. O menino que tocava violão era brilhante demais pra mim, o outro que tinha marcas em seu corpo de uma passado amoroso, mesmo assim, quis se arriscar comigo, e eu preferi ficar com a minha marca. O outro que daria tudo por ser o dono desse texto, eu daria tudo pra ser de verdade dele. Mas não, a gente passa a acreditar que na vida alguém espera por ti. Mas na verdade você que espera um alguém, que espera outro alguém. Aquele que não leva seu nome, seu rosto, seu beijo, seu abraço, seu olhar, sua história.
Essa pessoa não sou eu.
E hoje eu acordei achando que estaria de coração despedaçado. Mas eu resolvi ao invés disso, simplesmente aceitar. Já to tão feliz que to começando a me preocupar. Antigamente sofrer de amor durava mais tempo, hoje é quase instantâneo pra mim. Se não deu certo, fazer o que? A gente guarda no coração como foi antes, e uma hora o tempo tira de foco esse sentimento e acaba por evidenciar tantos outros!
Hoje é dia 17 de março de 2008, chove da janela pra fora, faz calor aqui dentro, e nem sei se já é verão. E eu... desejo:
Vida curta ás minha paixões, para que permaneçam dando vazão aos sentimentos que todos precisam sentir. Vida curta aos maiores sorrisos e as palavras mais lindas que podem acabar em um curto espaço de tempo, antes de virarem pó e roupa suja. Vida curta, do menos e do mais, do extremo e do quase irreal que é beijar a boca de alguém que queremos muito, e depois do feito, descobrir que uma boca é só uma boca, e mesmo que o encaixe seja perfeito, o que vem depois é o verdadeiro desafio. Vida curta ao momento em que nos tornarmos bilíngües e daltônicos, aprendidos a voar, pular para baixo e cavar a terra. Vida longa ao breve estar apaixonado, e a sua real beleza de ser passageiro.

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