terça-feira, 13 de outubro de 2009

Encontros e Desencontros

Ainda que os pés estejam no chão, o sonho é tão grande e a realização dele era tão esperada que não cabe a mim segurar com todas as unhas na terra. Eu, ainda que mantenha os pés no chão, acabo me permitindo um passeio aqui e ali por lugares altos que eu realmente desconhecia e que eu só tenho a passagem livre se me propor a deixar meus medos ali em baixo, fincados na terra, junto com as tais unhas.

Metadinha medrosa fica ali em baixo, com o coração na mão esperando que eu volte somente com aqueles velhos buracos conhecidos, as unhas, os dedos cruzados esperando que as lágrimas sejam apenas efeito do vento forte no rosto...

Outra metade fica ali em cima, pairando sobre os sonhos mais esperados, os lugares mais estranhos, as sensações ainda quase desconhecidas... entorpecida. Esquece do medo, dos receios, das unhas cheias de terra, e... vive.

E vez ou outra acaba vivendo demais o que não queria viver nem de menos.


Eu só me encontro quando me perco.

Geralmente é assim.